sábado, 19 de junho de 2010

Por que fui viajar?




Depois que eu volto de viagem sempre me bate uma vazio estranho. Costumo de ficar programando uma viagem por meses e quando ela finalmente acontece e acaba, dá a vontade de recomeçar tudo de novo: procurar novos roteiros, ler novos relatos, pesquisar, viajar sem sair de casa.

O que eu trouxe dessa minha última viagem? Além de uma bagagem pesada, muitas roupas sujas e dívidas no cartão, cresci muito com essa viagem especificamente. Ainda me falta muito para desbravar o mundo, ainda sou uma garota no quesito conhecimentos gerais, mas cresci sim. Ampliei meus horizontes, adquiri conhecimentos, conheci novas culturas, vivenciei a diversidade, amadureci.

Evolui. Conheci pessoas, ignorei o preconceito, experimentei o desconhecido, exercitei minha curiosidade, avancei na minha mediocridade e melhorei nos meus conhecimentos geográficos.

Viajar também é um super exercício para a cuca, melhor que palavra cruzada. Programar uma viagem requer engajamento em vários departamentos, como o administrativo (quem vai organizar?), o financeiro (quanto eu posso gastar?), o de marketing (quem vai ver minhas fotos?), de recursos humanos (quem vai comigo?) e o de comunicação (como faço um blog para mostrar a todos o que eu vivi?). E todo esse conhecimento que vem antes, durante e depois de uma viagem fica para o resto da vida.

A escolha do destino adequado, de acordo com o tempo e renda disponíveis, talvez seja o mais difícil. Eu, particularmente, tenho curiosidade de conhecer tudo, mas, frio é uma das poucas coisas me desagradam. Não consigo curtir uma cidade numa temperatura de menos um grau. Gosto de andar nas cidades a pé, rodar, rodar e rodar e frio me dá uma vontade de ficar trancada dentro do quarto. Estou trabalhando esse meu lado para me superar. Siga sua intuição. É julho e todo mundo está indo para Campos do Jordão e você odeia frio ou badalação, voe para Bonito ou para uma praia no Nordeste em baixa temporada - é uma delícia sentir aquilo tudo como se fosse só seu.

Viajar envolve planejamento estratégico também. Definir a programação da viagem é super complicado. Gosto de sair de casa já com um roteirinho com os programas mais interessantes do passeio. As pesquisas em blogs e sites ajudam muito a descobrir as dicas imperdíveis de cada lugar. Considere as variáveis: sol, chuva, cansaço, pequenos incidentes. Busque oportunidades, descubra preciosidades e compartilhe a notícia.

E o mais importante, viajar te transforma em um monge budista. É, é verdade. Viajando você tem que vencer dificuldades, aprender com as adversidades e superar problemas com soluções criativas. Viajar não é fácil, a não ser que você tenha 10 anos de idade e esteja indo com os pais pela CVC. Repito, não é fácil. Perde-se passaporte, trem, avião. O quarto do hotel caro não cabe nem sua mala aberta de tão pequeno; tem um casal transando no banheiro coletivo do seu hostel; a comida daquele restaurante indicado veio fria e dura; chove sem parar; faz um calor insuportável; dá diarréia; dá enxaqueca; dá dor na lombar; o garçom te trata como um lixo. Supere e pronto. Ria da situação e acredite que faz parte. E lembre-se, você não precisa servir de lição para ninguém, mas pode ser exemplo para muita gente.

Um comentário:

  1. Oi Lud,

    Adorei conhecer o seu Blog! Seus relatos serão de grande valia para mim que farei uma viagem para a Espanha em Setembro. Obrigada por suas dicas.
    Bjs!
    Fatima

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